domingo, 25 de novembro de 2012

II Encontro do Curso de Adoção

Olá amigos!

Queria ter contado como foi o segundo encontro antes mas não tive tempo, e quando tive dormi um pouco, a semana foi puxada...

Mas vamos ao que interessa!

No nosso segundo encontro, no dia 22 de novembro, tivemos uma ótima palestra com a Psicóloga, minha xará, Jaqueline Klein Simionato e a pauta da noite foi a seguinte:
* Dinâmica;
* Motivação, expectativas e ansiedades da espera pela adoção;
* Mitos e preconceitos que envolvem a adoção;
* Aspectos emocionais que envolvem a adoção;

Haviam mais itens na nossa pauta, mas como se estendeu os assuntos acima citados, estes ficaram para o próximo encontro.

Bom, eu sou uma pessoa bastante extrovertida, não tenho vergonha e nem pudor para quase nada, mas quando envolve dinâmicas, sempre tenho um certo receio, pois o "falante" é sempre quem "se ferra", então a psicóloga nos solicitou que fizéssemos a apresentação dos cônjuges e apontássemos três qualidades e um defeito que a outra parte tivesse.
Eu rapidamente escrevi três qualidades do Paulinho no meu bloco, isso foi muito fácil, o defeito foi mais complicado, mas depois de uma reflexão, escrevi também.
Escrevi para não correr o risco de falar demais na hora da apresentação e por medo de esquecer as decisões que havia tomado, dedocráticamente, a psicóloga escolheu o primeiro casal a falar, ufa, não fomos nós, rs, mas fomos escolhidos a sermos os segundos da fila e eu disse prontamente que o Paulinho tem como maiores qualidades ser: amoroso, zeloso (por mim e pela casa) e paciente. Seu maior defeito é que ele é MUITO teimoso.
Todos riram da minha afirmação, mas depois de várias rodadas de apresentações apareceram mais 6 teimosos, sinal que o meu marido não era o único rs.
Na vez dele me apresentar ele simplesmente disse que não tinha como quantificar as minhas qualidades, pois eu era tudo para ele e assim sendo ele não via nenhum defeito em mim.
Meu coração acelerou nessa hora e quase chorei, não chorei mesmo por que eu tinha jurado que neste dia não iria chorar novamente, mas foi uma declaração de amor linda e totalmente inesperada, tremeu a minha base, depois de tantos anos eu amo ele muito, mas não pensei que ele faria uma declaração como esta na frente de tanta gente...

A dinâmica no fim foi muito boa, muitos choraram, apareceram lenços não sei de onde e me comovi com as histórias dos outros pretendentes, afinal estamos todos no mesmo barco.

A seguir passamos aos outros temas, a psicóloga falou sobre a ansiedade na adoção e que muitas vezes ela gera uma crise no casamento, que na psicologia é entendida como por bons ou maus momentos, ou seja, qualquer situação que tire o casal da normalidade ou rotina e que mude seu modo de vida tanto para o bom quanto para o mau e que isso exige uma nova adaptação a realidade a ser vivida a partir da crise.

Falou também que "em um choro bem chorado existe a cura e um choro bem guardado se transforma em doença". Achei essa frase muito interessante, pois já senti muitas vezes a angustia apertando meu coração em vários momentos, desde que me conheço por gente e realmente, se não botarmos para fora o que nos aflige só pode virar em algo ruim.

Explicou o conceito de adoção, que é derivada do latim [adoptione] possui como significado escolher, adotar.

Nos lembrou o encontro anterior quando disse que o processo de adoção tem que ter uma adaptação, pois a criança já possui uma história de vida, que ela não "surge" do nada em nossas vidas sem um passado, geralmente não muito bom. É como disse o Alan, "dificilmente vamos adotar um filho de médico, psicólogo ou professor" e isso é a mais pura verdade, não posso nunca esquecer e nem valorizar demais o passado dessa criança que um dia surgirá nas nossas vidas, pois ela será na verdade o fruto da nossa educação como pais e não fruto de seu nascimento.
Esse papo determinista e antiquado, tipo "filho de peixe peixinho é" não rola de jeito nenhum, é claro que somos produto do meio de onde somos inseridos, e que nenhum bom pianista se torna bom se não teve alguém que o ensinasse a tocar, então neste sentido, estou me preparando mentalmente para estar aberta para esta criança, entender e amar suas qualidades e defeitos e pensar que os defeitos não tem em haver com sua origem mas sim com o que eu estou fazendo como mãe adotiva com sua educação.
Vai rolar muita dialética nessa relação PaisxFilhos....

Jaqueline também apontou os motivos principais para adoção, com dados levantados com base nas experiências das duas comarcas que estão oferecendo o curso e são elas:
* Infertilidade (meu caso);
* Amparo na velhice (penso que isso é um pouco egoísta pois todos não dizem que os filhos são do mundo?  Mas cada cabeça uma sentença);
* Resolução de conflitos conjugais (tipo seguro meu marido com mais um filho... coitado do filho de qualquer pessoa que faça isso, seja biológico ou não);
* Pagamento de promessa (eu fiquei com o queixo caído com essa..... então enfrentar todo um processo de mudança de vida, família etc etc etc para pagar uma promessa??? Coitada da criança...);
* Filantropia (ajuda aos pobrezinhos ou agregados da casa... Me surpreendeu que isto ainda exista, uma coisa sei lá eu, tipo Escrava Isaura... Mas....);
* Vivência de experiência positiva (sinceramente não entendi esse item...);
* Substituição de filho em razão de luto (se eu perdesse um filho também adotaria uma nova criança para preencher o vazio deixado pela perda, nem imagino como seja perder um filho, tenho amigas que passaram por este desastre e todas são pessoas diferentes após a perda, não digo no sentido de piores ou melhores, mas diferentes mesmo, a perda sempre representa um marco na vida dessas pessoas, como AC e DC, pelo menos sinto assim, posso estar enganada, afinal não vivi e nem desejo ter esta experiência em meu currículo).

Nos falou também sobre o preconceito que vamos enfrentar por toda vida em relação a esta criança que está por vir, pois as pessoas na maioria das vezes falam "filho verdadeiro" "filho de criação" "filho adotivo" e não apenas "filho" quando se dirigirem a criança e que muitas vezes na escola, ainda mais em nossas comunidades que são pequenas, os pais contam aos seus filhos que os filhos da gente não são "verdadeiros".

Eu dei dois apartes nesse momento e falei de duas experiências de preconceito que vivemos, o Paulinho e eu.
Uma foi uma situação há alguns anos onde estávamos em um restaurante e um casal chegou em nós para nos cumprimentar e após as saudações tradicionais, ele bateu no ombro do Paulinho com força e disse sem dó: "como é cara, tu não foi homem ainda pra fazer um filho na tua mulher"
Jesus........
Dizer que foi a treva é menosprezar a situação... eu queria que o chão se abrisse em um buraco com muita lava de vulcão e que eu caísse ali dentro para nunca mais aparecer na face da Terra...
A mulher deste cidadão ficou muito vermelha e disse entre dentes: "fica quieto que ela não pode ter filho..."
Acredite, ficou pior......
Meu marido "não era homem" e eu incapaz....
Lá se foi nosso jantar.... Chorei horas a fio, nunca vou esquecer isso, que foi com certeza uma das situações mais constrangedoras que já passei na minha vida.
Com esse relato, muitos outros casais contaram outras histórias similares, mas nenhuma tão agressiva como a minha.

A outra situação de preconceito que enfrentamos juntos e sempre, é que com uma única exceção de fora da família, pois minha irmã tem filho (é um casal amigo nosso), nunca, jamais, somos convidados para festinhas de aniversário de criança, ou outras festinhas de escola dos filhos dos casais amigos nossos.
Uau, quando botei isso para fora, quase todos concordaram comigo, claro que as pessoas não fazem isso por maldade, eu penso que elas não se dão conta mesmo que casais sem filhos também gostam de participar de festinhas de aniversário e apresentações de escola, primeira comunhão ou qualquer atividade social que envolvam crianças. Acabamos isolados, os sem filhos, dos outros casais, raramente vamos na casa de alguém, com exceção do casal que falei antes que inclusive já postei eles aqui no blog quando nasceu o segundo filho deles.
Quem ler o meu desabafo acima, espero que entenda que eu não sou recalcada e muito menos julgo as pessoas e penso que se eu fosse "normal" talvez cometesse o mesmo erro. É muito difícil imaginar uma vida que não vivi com as escolhas que teria feito se eu não fosse diferente.
Sempre procuro pensar que não sou nem mais e nem menos que as outras mulheres, tento pensar que sou apenas diferente, isso não pode ser tão ruim assim.
O ostracismo sim é ruim, para falar o bem a verdade é uma merda. Fui obrigada a escrever a palavra pois não me vem outra na cabeça agora.

Para terminar minha longa postagem de hoje, ficou faltando eu dizer que a psicóloga deixou bem amarrado para o próximo encontro os seguintes assuntos:
* Contar sempre a verdade sobre a adoção para que a criança não viva no meio da mentira ou omissão (bingo! Eu fiz este blog antes de ouvir uma pessoa que entende do assunto levantar ele!!! Fiquei contente comigo mesma!!!);
* A ansiedade de contar a verdade e geralmente o medo que os pais tem de "gerar traumas" nada mais é que o medo dos pais de enfrentar a verdade, a origem da criança adotada.

Depois de tanto assunto, vou colocar umas fotos do nosso encontro muito produtivo.

Achei essa frase bíblica no facebook pena que não tem qual que é o livro onde encontro o versículo completo

Pessoal mais uma noite no curso

Psicóloga Jaqueline, maravilhosa!







Olha lá eu no fundão, junto com a Leciane, Lili, Rici, Léia, Alan, na frente a Lisiane

Estamos na luta e espera!

Quando a criança chegar, quero fazer um banner escrito: "Não importa de onde vim, o importante é que cheguei"

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

I Encontro do Curso de Adoção

Olá!!!

Ontem a noite foi o primeiro de quatro encontros do curso de pretendentes a pais (assim a assistente social definiu), a pauta era a parte burocrática da destituição da criança da família biológica.
Não tive dificuldades em compreender a fala da palestrante da noite.

O interessante é que das três assistentes sociais que estavam lá, duas estão enormes de grávidas... Sem comentários...

Vou listar os tópicos que anotei nesta noite e depois vou comentar o que eu penso a respeito (penso muita coisa por sinal rs)

As palestrantes da noite foram as assistentes social Pricila Moreira e Francine Coimbra (ambas grávidas e enormes)

* Para destituir (tirar a criança da família) tem que ser esgotadas todas as alternativas dentro da família estendida (que compreende desde avós a primos de longa distancia...);
* A criança não pode ficar mais que dois anos abrigada (na Casa Lar, nome chique de orfanato);
* A criança é preparada no abrigo para adoção pelos profissionais que lá trabalham (achei isso bem importante...);
* Família substituta pode ser através de: tutela (em caso dos pais que morrem e antes expressam o desejo de quem deve ficar com seus filhos), guarda (que é provisória mas garante direitos de previdência e planos de saúde) e adoção (que é irrevogável, graças a Deus uma boa notícia);
* Lei 12010 instituiu o curso de capacitação para pretendentes (a palestrante infelizmente não disse que ano e nem onde encontro esta lei para descrever melhor);
* Descobri que NÃO ESTOU no cadastro de adoção ainda, mesmo tendo entregue nossos documentos há meses pois não fui capacitada ainda.... (essa doeu...);
* O cadastro de adoção parte do interesse da criança em relação aos pretendentes cadastrados e não o contrário, ou seja, a família que vai receber a criança tem que ser a ideal para a criança e não os pretendentes serem interessados em determinada criança (isto é muito importante);
* As mulheres que não querem seus bebês encontram dificuldades em deixá-los nos hospitais pois esbarram no desconhecimento dos profissionais da saúde no que fazer com a criança, medo dessas mulheres do juiz e promotoria de justiça, vergonha dos parentes, insistência de algumas conselheiras tutelares que as "mães" devem criar seus filhos, mesmo que não os queira ou ame...
* A criança, no futuro, tem o direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, em obter os autos do processo de destituição e adoção para saber quem são seus pais biológicos e os motivos que levaram a destituição familiar.

Bom, olhando assim parece bastante simples, mas cada ponto deste foi bem explicado, e o que me ficou mais marcado é que quase todas as crianças destituídas são filhas do crack, do alcoolismo, prostituição ou outra coisa do gênero, o que eu já sabia, mas ouvindo elas falarem de bebês com crise de abstinência foi bastante doloroso, pois se eu engravidasse não tomaria nem uma aspirina o que dirá ingerir qualquer substância tóxica ao ponto de deixar o filho "contaminado" com a droga, viciado antes de saber o que é vício...
Outra coisa que me alarmou foi a demora... Tinha um casal que ficou OITO anos na fila... hoje já está com o filho adotado mas para poder sair a adoção definitiva tinham que passar pelo curso (vai entender o Brasil...), eu na hora que ouvi este relato, fiquei tão nervosa, que minha cabeça péssima em qualquer tipo de cálculo teve que recorrer aos dedos para somar a idade que eu teria se ficar OITO anos na fila de espera... Cheguei ao total apavorante de 35 + 8 = 43.........
Minha prima irmã de 36 anos já é avó...... 
Eu com 43 anos vou ser uma mãe com cara de avó!!!!
E quando o filho tiver na adolescência????
SOCORRO!!
Também percebi que haviam muitos casais, mais do que eu esperava, levando em conta os que já são habilitados pelo curso que houve no início do ano, deve ter uns 20 casais na minha frente, e como a minha comarca é pequena, isso vai demorar muito mesmo.
Lá no curso encontrei pessoas que conheço muito e há tempo, como o Beto e a Tati (ela tem endometriose), a Leciane e o Lili (ele tem pouco espermatozoide) e a Léia e o Alan (ela tirou as trompas depois de 2 gravides e 2 abortos espontâneos, inclusive de gêmeos), uma coisa que chamou atenção é que temos muitas coisas em comum, além é claro de não engravidar, quase todos somos professores, com exceção do Alan que é caminhoneiro e do Lili que trabalha com vendas se não me engano.
Logo, deduzi que professores não tem como pagar um tratamento para fertilidade...
Esse caminho não vai ser fácil, nem de saída e nem na chegada, precisamos estar muito bem preparados para o que der e vier, inclusive a demora e as crianças "viciadas"....
Penso que o ser humano, nessas horas, é o ser mais vil que existe na face da Terra...
Vão umas fotos do primeiro dia!
parte do grupo, lá no meio tá o Paulinho de sorrisão aberto!

Nessa foto a Leciane fez uma graça pra mim! Adorei!

O resto do grande grupo

Do fundo para frente, eu, Tati e Beto (casal)

Eu e a Tati de óculos

Eu e a Tati sem óculos kkkkkkkk

Beto e Paulinho

Camara de Vereadores de Santa Rosa do Sul SC

Léia e Alan

Grupo de Sombrio, eu, Tati, Beto, Paulinho, Leciane e Lili, na fila de trás Léia e Alan

Material do curso.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Oi amigos!

Esta vida de pessoa que adota é um pouco parada, sem muitas novidades, mas aconteceu na semana passada duas grandes novidades!

Primeira:
A Diretora da minha escola, que estava na tal fila "que não anda" (na verdade anda, mas a gente que é ansiosa demais e quer que vá mais rápido) foi chamada as pressas no Fórum!!!!
E o sonho realizou-se!!!!!!
Chegou a menina dela! 
Como por ordem do juiz  não posso por nem a foto e nem o nome da menina, mas posso dizer que ela tem 3 anos e é linda!!!!!
Não sei como uma pessoa entrega uma criança para justiça, ainda mais uma criança tão linda e esperta!
Deus é tão maravilhoso na sua criação (olha que não sou carola), que no mesmo dia a menina já estava chamando a minha amiga de MÃE e o marido dela de PAI!! Chorei ao ouvir a vozinha doce e delicada da pequena princesa chamando eles o tempo todo. 
Ela é perfeita, linda, esperta e especial, espero que eu tenha essa mesma sorte quando chegar a minha vez!
O mais engraçado é que minha amiga disse que viveu 9 meses em um único dia, pois a criança quando sai do abrigo vem só com a roupa do corpo, a minha amiga levou até uma malinha com roupas para ela trocar e sair de lá com roupa nova.
A burocracia para tirar a menina da Casa Lar é enorme, eu nem sabia que tinha que ter tanta coisa, inclusive uma entrevista com a Promotora onde ela pergunta se o casal tem mesmo certeza do que está fazendo... 
Eles levaram 3 dias desde a hora que foram chamados no Fórum para poder retirar o anjo da Casa Lar... Que agonia, passaram 3 dias dentro do Fórum esperando papel que subia e descia escadas o tempo todo, e no período da manhã corriam as compras, mesmo sem ver a menina, foi feito um enxoval, todo rosa, lindo.
Eu dei de presente a ela um balde de praia com todas as pás e forminhas de areia, moramos na praia, pensei que seria um presente legal a guria, pois o verão está aí e com toda certeza ela vai na praia.

Segunda:
Recebi uma ligação....
Eu estava na casa da minha mãe e ligaram do CRAS, um serviço assistencial da prefeitura da minha cidade, e era uma psicóloga querendo marcar comigo uma Avaliação Psicológica, por determinação do juiz.
Na hora levei um susto enorme, pois durante todo processo de juntada dos documentos, entrevista e visita da Assistente Social, nunca foi mencionada uma avaliação com psicóloga...
Eu com minha boca grande fui questionar o motivo da tal avaliação e a psicóloga "se queimou" comigo, ficou brava, dizendo que ia passar ao juiz que eu estava me negando a fazer o procedimento... Tudo isso por uma simples pergunta...
Fiquei tão nervosa que liguei para o Fórum e falei com a Francine, Assistente Social, e ela nem sabia ainda que eu teria que passar por esta avaliação mas me garantiu que os juízes agora estão pedindo avaliação a todos "pretendentes a adoção". Fiquei mais calma com essa informação, afinal, uma avaliação não deve ser uma tarefa tão difícil... eu espero...
Na mesma ligação, a Francine me comunicou que o curso de pais será realizado esta semana na terça e quinta e na semana que vem nos mesmos dias, essa foi uma novidade boa, só que o Paulinho vai ter que trocar o horário dele na escola a noite com outro professor, pois trabalha na quinta noite, assim como eu, mas já dei jeito no meu horário, agora só falta ele.

Bom, por estes dias vou ter novidades frescas duas vezes por semana, pois vou contar tudo que aprender no curso, quem sabe consigo com minha experiência ajudar outros pretendentes.